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Nesta segunda-feira, 06, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelaram medidas para reduzir o preço de carros populares, caminhões e ônibus. Os descontos variarão de 1,5% a 11,26%, o que representa um bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil na compra de automóveis. No caso de veículos de carga e coletivos, os descontos serão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

As empresas que oferecerem os descontos receberão créditos tributários do governo (descontos em impostos futuros). O custo total do programa será de R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 500 milhões serão destinados aos carros, R$ 700 milhões aos caminhões e R$ 300 milhões a ônibus e vans.

O programa terá duração de quatro meses, podendo ser encerrado antecipadamente assim que atingir o crédito de R$ 1,5 bilhão, que será financiado pelo governo por meio da reoneração parcial do diesel, no valor de R$ 0,11 por litro. Os impostos federais sobre o diesel, atualmente zerados, estavam previstos para retornar em janeiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou à sua equipe econômica a redução dos preços dos automóveis, considerados muito altos no país. O objetivo é estimular a indústria automotiva e atender aos caminhoneiros, buscando também apoio entre a base do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A medida é válida para veículos de até R$ 120 mil. O programa estabelece três critérios para priorizar os descontos nos carros: preço mais baixo, critério ambiental e densidade industrial (produção nacional de peças).

Alckmin destacou que o programa incentivará a compra e venda de caminhões e vans, permitindo a renovação da frota. Ele afirmou que os preços dos automóveis nas concessionárias já devem cair a partir de amanhã, quando a medida provisória que cria os incentivos tributários entrará em vigor.

Espera-se que essa iniciativa proporcione fôlego para as montadoras enfrentarem a atual queda nas vendas, afetadas principalmente pelas altas taxas de juros.

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