Embora venha culpando governadores pelo aumento do preço da gasolina, o presidente Jair Bolsonaro já admitiu, em público, que a subida dos preços segue uma política adotada por ele na Petrobras.
“Os caras querem que eu tome medidas de imediato. Dá um tempo. Dá aí uns dois, três dias para a gente. Dá um tempo. O que aconteceu de imediato: você quer a gasolina mais barata não quer? Álcool, gás, isso tudo está indexado no preço do dólar”, afirmou o presidente, em live, para explicar que a Petrobras segue os preços internacionais.
A live foi exibida nas redes do próprio presidente no último dia 10. A Petrobras usa o dólar para definir o preço da gasolina.
Além disso, a própria Petrobras, quando comunica o aumento do combustível, atribui a alta ao mercado internacional. O mesmo já fez o ministro da Economia, Paulo Guedes. Como a moeda brasileira é muito baixa frente ao dólar, os brasileiros acabam pagando mais pelo combustível.
Dados oficiais mostram que o fator que mais contribuiu para o aumento do preço nos últimos meses foram os reajustes feitos pela Petrobras.
No acumulado deste ano até agosto, o preço da gasolina já subiu 31,09%.
Fake news – No último dia 16, o governador Flávio Dino usou as redes sociais para desmentir informação de que o aumento da gasolina é culpa do ICMS. Dino afirmou que “não existe tabelamento de preços” sobre os combustíveis e que a gestão estadual não tempo “poder de fixar preços” sobre a gasolina.
“Criminosos estão espalhando que eu autorizei aumento de alíquota de imposto sobre gasolina no Maranhão. Isso é mentira. Coisa de bandidos. Problema de preço de combustíveis é nacional”, disse Flávio Dino.
“Criminosos que estão mentindo sobre aumento de combustíveis no Maranhão deveriam saber que não existe “tabelamento de preços” de combustíveis. O governo do Estado não tem poder de fixar preço de combustíveis. O imposto previsto na Constituição incide sobre o preço de mercado”, acrescentou.